domingo, 9 de outubro de 2011

Tsunami

Leonardo Carmo


acordei  como se de um tsunami  eu retornasse
como se eu sonhasse e são paulo me pedisse
que  no colo eu a carregasse e a mimasse
e pela rua augusta eu  subisse e buscasse
e nenhuma boca que  me adoçasse
acordei como se um furacão eu enfurecesse
e nessa fúria são paulo me dissesse
ela  o  esqueceu mas você
vê  se não me esquece
e  como se o meu cansaço não importasse
são paulo me solicitasse  que eu a abraçasse
e protegesse e a acariciasse  e como não bastasse
me lembrasse ela o  esqueceu  mas você
vê não me esquece
e na Bela Cintra eu me perdesse ou me achasse
sem que eu soubesse ou alguém me avisasse
manas  e nenhuma que eu sugasse ou encoxasse
ou deixasse que  de amor eu a molhasse
como são paulo me acordasse
ela o esqueceu mas você
vê se não me esquece
como se eu comesse a  Consolação
e minha dor o Araçá sepultasse
pés sem pernas o coração não encontrasse
e são paulo sem que eu telefonasse me ligasse
ela o esqueceu mas você
vê se não me esquece

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