sábado, 1 de março de 2014

ensaio-texto
                                 

Meus braços estão sumindo
Minha barriga crescendo
Meu nariz diminuindo
Eu estou morrendo
 
Meus cabelos estão brancos
Minha  pele está manchada
Meus pés fazem pisam o nada
Meu coração no ritmo da queimada
 
Tenho pelos nos ouvidos
A memória anda errada
Se eu vivi uma vida
Essa vida  está sepultada
 
As células morrem a cada balada
Cortei os  pulsos nessa madrugada
 Dei por mim  como  um boi sem boiada
Da mulher amada nem o pó da estrada

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